Segunda, 15 de maio
Mistérios gozosos
Introdução: Olhar a Mãe,
contemplar o seu modo de ser e agir, de rezar e amar, de ser pobre e obediente,
de viver em amor e dedicação é contínuo estímulo para a nossa caminhada de vida
cristã. Maria é sempre o melhor caminho, a porta de acesso mais direta para o
nosso encontro com Jesus, para darmos por Ele, nos meandros da nossa vida. É
por isso que neste triénio de pastoral dedicado à família, somos convidados a
viver e celebrar o mês de maio com todas as pessoas das nossas casas. O mês de
Maria celebrado, vivido em conjunto com pais de família, jovens, pequeninos,
mais velhos, doentes... será, para todos, um momento da graça. Com Maria, Rainha da família “façamo-nos ao
Largo” e pesquemos todas as fortunas e testamentos que a Senhora tem para nos
doar.
1. A Encarnação do Filho de Deus
(Lucas, 1, 26ss)
Texto bíblico: Ao sexto mês, o
Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazareth, a
uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David, e o nome da
virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o Anjo disse-lhe: "Salve, ó
cheia de graça, o Senhor está contigo." Ao ouvir estas palavras, ela
perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe
o Anjo: "Não tenhas receio, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás
de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus.
Será grande e vai chamar-Se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus dar-Lhe-á o trono
de Seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o Seu reinado não
terá fim." Maria disse ao Anjo: "Como será isso, se eu não conheço
homem?" O Anjo respondeu-lhe: "O Espírito Santo virá sobre ti e a
força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra. Por isso, Aquele que vai
nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel
concebeu um filho na sua velhice e está já no sexto mês, ela, a quem chamavam
estéril, porque nada é impossível a Deus." Maria disse então: "Eis a
escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra." E o Anjo
retirou-se de junto dela.
Meditação: O Anjo saudou a Virgem
Maria: "Ave! Ó cheia de graça! O Senhor é convosco!". E anunciou-Lhe
que Deus A escolhia para ser a Mãe do Salvador. Ela respondeu: "Sim,
faça-se como Deus quer!". Nesse momento, o Filho de Deus, para ser nosso
Irmão e Salvador, tomou a natureza humana no seio puríssimo da Virgem. Assim
começou em Maria o Mistério de Cristo para glória de Deus e salvação dos homens.
Prece: Peçamos ao Senhor por
todos nós, para que saibamos estar abertos ao Seu chamamento e dizer-Lhe “Sim”,
com generosidade e alegria, como Maria soube fazer.
2. A Visitação de Maria à sua
Prima Isabel. Lucas 1, 39-36
Texto bíblico: Por aqueles dias,
Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da
Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a
saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia
do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter
comigo a mãe do meu Senhor? Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua
saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste,
porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»
Meditação: Por caridade, Maria
vai junto da prima levando-Lhe Cristo e auxílio nos trabalhos. Cristo santifica
o filho de Isabel, ainda no ventre materno, e enche de alegria aquela mãe.
Isabel, cheia de gratidão, louva a Mãe de Deus e o próprio Salvador:
"Bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso
ventre". Em resposta, Maria glorifica o Senhor
Prece: Rezemos para que as
pessoas consagradas sejam para todos sinal e presença de Jesus Cristo e
Evangelho vivo no serviço e no amor ao próximo.
3. O Nascimento de Jesus em Belém
(Lucas 2, 1-20)
Texto bíblico: Por aqueles dias,
saiu um édito da parte de César Augusto, para ser recenseada toda a Terra. Este
recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria. E
iam todos recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José, deixando a
cidade de Nazareth, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada
Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de recensear-se com Maria,
sua mulher, que estava grávida. E, quando eles ali se encontravam,
completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que
envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na
hospedaria.
Meditação: Na pobreza dum
estábulo, na escuridão da noite, nasce da Virgem Maria um lindo Menino: tão
pequenino em sua humanidade e tão grande em sua divindade! "Bendito é o
fruto do vosso ventre" - é o maior louvor que dirigimos à Virgem Mãe,
porque Ela dá ao Mundo o Salvador. Dádiva sublime que os Anjos celebram assim:
Glória a Deus e Paz aos homens!
Prece: Oremos por todos os fiéis,
para que saibam acolher Jesus que quer nascer nos seus corações e para que a fé
e o testemunho de vida das comunidades cristãs O possam dar a conhecer àqueles
que ainda não O encontraram.
4. A Apresentação do Menino Jesus
no Templo (Lucas 2, 22-35)
Texto bíblico: Quando se cumpriu
o tempo da sua purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-n'O a Jerusalém
para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na lei de Deus: «Todo o
primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício,
como se diz na lei do Senhor, um par de rolas ou duas pombinhas.
Meditação: Obedecendo à Lei,
Jesus pequenino (40 dias de idade) é levado ao Templo por Sua Mãe e S. José. Aí
Se apresenta ao eterno Pai com vista à redenção da Humanidade: Eis-Me aqui, ó
Deus, para cumprir a vossa vontade! A Mãe puríssima cumpre também o preceito da
Purificação. Obedecer por amor de Deus é uma oferta de nós mesmos ao Senhor.
Prece: Peçamos pelas famílias,
para que através da vivência da oração e da educação na fé, os filhos possam
descobrir a vocação a que Deus os chama e os pais saibam acolher como um dom de
Deus uma possível vocação sacerdotal ou religiosa.
5. O Menino Jesus Perdido e
Encontrado no Templo (Lucas 2, 41-52)
Texto bíblico: Os pais de Jesus
iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele chegou aos doze
anos, subiram até lá, segundo o costume dos dias da festa. Terminados esses
dias, regressaram a casa e o Menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o
soubessem. Pensando que Ele Se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l'O entre os parentes e conhecidos. Não O tendo
encontrado, voltaram a Jerusalém, à Sua procura. Volvidos três dias,
encontraram-n'O no Templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes
perguntas. Todos quantos O ouviam estavam estupefactos com a Sua inteligência e
as Suas respostas. Ao vê-l'O, ficaram assombrados e Sua mãe disse-Lhe: «Filho,
por que nos fizeste isto? Olha que Teu pai e eu andávamos aflitos à Tua
procura.» Ele respondeu-lhes: «Por que Me procuráveis? Não sabíeis que devia
estar em casa de Meu Pai?» Mas eles não compreenderam as palavras que lhes
disse. Depois desceu com eles, voltou para Nazareth e era-lhes submisso. Sua
mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em sabedoria,
em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.
Meditação: Jesus, com 12 anos,
vai ao Templo com Seus Pais para manifestar a Sua inteira submissão a Deus Seu
Pai celeste. Maria e José perdem-n'O de vista e procuram-n'O com ansiedade até
O encontrarem no Templo. Ele mostrou que o amor e obediência aos pais, e a
qualquer criatura, deve resultar do amor e obediência ao Pai celeste. Depois,
voltou para Nazaré com Seus Pais e obedecia-lhes em tudo.
Prece: Oremos ao Senhor pelos
Seminários e Casas de Formação, para que aqueles que aí se preparam para o
Sacerdócio e Vida Consagrada, possam aprofundar a vocação e viver com seriedade
a sua formação para um maior serviço à Igreja e ao Mundo e para que não lhes
falte o apoio das comunidades cristãs, tanto na oração como na partilha de
bens.
Preces finais
P- Oremos a Deus, por intercessão
de Maria, pelas famílias onde nascemos. Digamos:
Santa Maria, rogai por nós.
Todos: Santa Maria, rogai por nós.
1. Por todas as famílias da
terra, lugares de vida onde se nasce e cresce, para que não lhe falte casa, trabalho
e o pão de cada dia. Oremos.
2. Por todas as famílias, para
que lhes seja concedido o dom da harmonia e da paz, e sejam no mundo um
fermento novo. Oremos.
3. Pelos esposos, para que a
exemplo de Joaquim e Ana, pais de Maria, encontrem em Deus uma luz que brilha
nas trevas. Oremos.
4. Pelos filhos, para que como
Maria, a predileta de Deus, sejam na família uma presença abençoada. Oremos.
5. Pelas famílias que sofrem por
qualquer problema: divórcios, desavenças, pobreza, fugas de casa, desemprego,
para que vejam melhores dias. Oremos.
6. Por todos os aqui presentes
que durante este mês comemoram a sua natividade, o seu nascimento, para que
louvem a Deus pelo dom da vida. Oremos.
OREMOS: Senhor Jesus Cristo,
dai-nos a graça de venerarmos de tal modo a vossa e nossa mãe, que a nossa vida
se torne um ato de contínuo louvor. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do
Espírito Santo. Ámen.
TERÇA, 16 de maio
Mistérios dolorosos
Introdução: Simeão disse a Maria:
“uma espada trespassará a tua alma”. É um programa de vida, um destino a
realizar. Toda a vida de Cristo foi cruz; toda a vida de Maria foi espada.
Nesta primeira terça-feira do mês de maio, em que meditamos os mistérios
dolorosos, renovemos o nosso amor a Maria e partilhemos a espada de dor que
Simeão lhe profetizou.
1. A Oração de Jesus no Horto das
Oliveiras (Lucas 22, 39-96 )
Texto bíblico: Saiu, então, e foi
como de costume, para o Monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também
com Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: "Orai para que não entreis em
tentação." Depois afastou-Se deles, à distância de um tiro de pedra,
aproximadamente; e, posto de joelhos, começou a orar, dizendo: "Pai, se
quiseres, afasta de Mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas
a Tua. " Então, vindo do Céu, apareceu-Lhe um Anjo que O confortava. Cheio
de angústia, pôs-Se a orar mais instantemente, e o suor tornou-se-Lhe como
grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de orar, levantou-Se e foi
ter com os discípulos, encontrando-os a dormir devido à tristeza. Disse-lhes:
"Por que dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em
tentação."
Meditação: Jesus começa a
dolorosa Paixão retirando-Se no Horto com 3 Discípulos. Aí tem a visão horrível
de todos os pecados do Mundo, que são ofensa a Deus e desgraça dos homens.
Sente uma tristeza mortal, até suar sangue. Pede, por 3 vezes, ao eterno Pai
que O livre daquela amargura, mas logo acrescenta: "Pai, faça-se a Tua
vontade e não a minha"!
Prece: Peçamos ao Senhor por
todos os que atravessam crises de fé ou de vocação, para que saibam permanecer
fiéis àquilo que experimentam como vontade de Deus nas suas vidas.
2. A Flagelação do Senhor (João
18, 37-90 e 19, 1)
Texto bíblico: Disse-Lhe Pilatos:
"Logo, Tu és rei!" Jesus retorquiu: "Tu o dizes! Eu sou Rei!
Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da Verdade.
Todo aquele que vive da Verdade escuta a Minha voz." Pilatos replicou-Lhe:
"Que é a verdade?" Dito isto, foi ter de novo com os judeus e disse-lhes:
"Não acho n'Ele culpa alguma. Vós tendes por costume que eu vos solte
alguém pela Páscoa. Quereis que vos solte o Rei dos judeus?" Mas eles
gritaram de novo: "Esse não, solta Barrabás." Ora Barrabás era um
salteador. Então, Pilatos mandou que levassem Jesus e O açoitassem.
Meditação: Jesus, atraiçoado por
um discípulo, abandonado pelos outros, é preso pelos soldados, que O levam às
autoridades. Apesar de inocente, Pilatos manda que O flagelem. Os soldados
despem Jesus, atam-n'O a uma coluna e descarregam sobre Ele, com toda a força e
crueldade, muitas dezenas de chicotadas com correias terminadas em pontas de
ferro! Assim O vê a Mãe amargurada.
Prece: Oremos por todos os que
sofrem perseguição por serem fiéis testemunhas de Jesus em palavras e obras, em
particular pelos missionários e leigos consagrados, para que nunca lhes falte a
coragem e a fortaleza do Espírito Santo.
3. A Coroação de Espinhos (Mateus
27, 27-30)
Texto bíblico: Os soldados do
governador conduziram Jesus para o pretório e reuniram toda a coorte à volta
d'Ele. Despiram-n'O, envolveramn'O num manto escarlate e, tecendo uma coroa de
espinhos, puseram-lha sobre a cabeça, bem como uma cana na mão direita.
Dobrando o joelho diante d'Ele, escarneciam-n'O, dizendo: "Salvé, rei dos
judeus!" E, cuspindo-Lhe no rosto, batiam-Lhe com a cana na cabeça.
Meditação: Para zombarem de
Cristo Rei, os soldados põem-Lhe aos ombros um manto vermelho, na mão um cetro
de cana, e sobre a cabeça uma coroa de espinhos. Dobrando o joelho diante
d'Ele, escarnecem-n'O, cospem-Lhe no rosto, dão-Lhe bofetadas, e com a cana
batem-Lhe na cabeça. Assim, coroado de espinhos, Pilatos apresenta-O ao povo
dizendo: "Eis o vosso Rei!
Prece: Oremos para que saibamos
descobrir o rosto de Cristo nos mais pobres e necessitados e para que, nas
diferentes vocações, encontremos formas de entrega ao Seu serviço.
4. Jesus com a Cruz às Costas
Textos bíblicos:
Levaram, pois, consigo Jesus. E,
carregando às costas a cruz, saiu para o lugar chamado Crânio, que em hebraico
se diz "Gólgota." (João 19,16-17)
Seguiam-n'O uma grande massa de
povo e umas mulheres que batiam no peito, se lamentavam e choravam por Ele.
Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: "Filhas de Jerusalém, não choreis
por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos, pois dias virão em
que se dirá: "Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos
que não amamentaram". hão de então dizer aos montes: "Caí sobre
nós!" E às colinas: "Cobri-nos! " Porque, se tratam assim a
madeira verde, o que não acontecerá à seca?" (Lucas 23, 27-31).
Meditação: Jesus, o mais inocente
dos homens, é condenado à morte: Pilatos entrega-O para ser crucificado. O
Senhor leva a Cruz às costas e caminha para o Calvário. Um cireneu trabalhador
ajuda-O a levar o pesado madeiro. Um grupo de mulheres chora de compaixão. A
Mãe de Jesus, cheia de amargura, vai ao encontro do Filho e acompanha-O até ao
Calvário
Prece: Peçamos pelos jovens, para
que quando o sofrimento se apresentar nas suas vidas não o rejeitem e saibam
vivê-lo à maneira de Jesus.
5. A Morte de Cristo na Cruz
(Mateus 27, 33-38 e 46-50)
Texto bíblico: Quando chegaram a
um lugar chamado Gólgota, isto é, "Lugar da Caveira", deram-Lhe a
beber vinho misturado com fel; mas, provando-o, não quis beber. Depois de O
terem crucificado, repartiram entre si as Suas vestes, tirando-as à sorte, e
ficaram ali sentados a guardá-l'O Por cima da Sua cabeça, puseram um escrito,
indicando a causa da Sua condenação: "Este é Jesus, o Rei dos
Judeus." Foram crucificados com Ele dois salteadores, um à direita e o
outro à esquerda. E, cerca da hora nona, Jesus clamou em alta voz: " Elli,
Elli, lemá sabactháni? " Isto é: "Meu Deus, Meu Deus, por que Me
abandonaste?" Alguns dos que ali se encontravam, disseram ao ouvi-l'O:
"Está a chamar por Elias." Um deles correu imediatamente, pegou numa
esponja, embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa vara, dava-Lhe de beber. Mas os
outros disseram: "Deixa, vejamos se Elias vem salvá-l'O!" E, clamando
outra vez em voz alta, expirou.
Meditação: Chegados ao Calvário,
arrancam as vestes a Jesus; depois, pregam-Lhe as mãos e os pés no madeiro. No
alto da Cruz, entre 2 ladrões, Jesus pede ao Pai celeste perdão para os Seus
inimigos. Promete o Céu ao ladrão penitente. A Sua Mãe confia o Discípulo e a
este recomenda Sua Mãe. Por fim, exclama: "Pai, em Tuas mãos entrego a
minha alma"! Dito isto, expirou!... Para dar glória ao Pai e para nos
salvar, foi crucificado, morto e sepultado.
Prece: Peçamos ao Senhor por
todos aqueles que, tendo entregue as suas vidas ao serviço do Evangelho, se
aproximam agora da morte, para que a certeza do encontro com o Senhor que os
espera de braços abertos os encha de paz e coragem para essa passagem
definitiva.
Preces finais
P: Recordando a Sagrada Família,
oremos a Deus dizendo: Ouvi, Senhor, a nossa prece.
1. Revesti-vos de sentimentos de
bondade.
2. Senhor, que as nossas palavras
e ações levem uma grande carga de bondade. Oremos.
1. Revesti-vos de paciência.
2. Senhor, que tenhamos essa
paciência que nos mantém sempre serenos. Oremos.
1. Suportai-vos uns aos outros.
2. Senhor, que ajudemos os outros
e os aliviemos nas suas tarefas. Oremos.
1. Perdoai-vos mutuamente.
2. Senhor, que o nosso perdão
seja a imagem do Vosso perdão generoso. Oremos.
OREMOS: Senhor Jesus Cristo,
dai-nos a graça de vivermos na nossa família os sentimentos de bondade,
paciência e perdão. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Ámen.
QUARTA, 17 de maio
Mistérios gloriosos
Introdução: A presença de Maria
no coração daquele que reza o Santo Rosário atrai nele a oração do Espírito
Santo, como um espelho solar atrai os raios de sol e obtém uma temperatura de
várias centenas de graus. Foi o que aconteceu no cenáculo quando Maria juntou a
sua súplica à dos discípulos, tornando-se assim o modelo da Igreja em oração.
Rezemos este rosário com essa confiança e perseverança deixando nascer em nós a
vida do Espírito.
Mistérios Gloriosos
1. A Ressurreição de Jesus Cristo
(João 20, 11-18)
Texto bíblico: Maria estava junto
ao sepulcro, da parte de fora, a chorar. Enquanto chorava, debruçou-se para
dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à
cabeceira e outro aos pés, onde jazera o corpo de Jesus. Perguntaram-lhe eles:
"Mulher, por que choras?" "Porque levaram o meu Senhor, respondeu,
e não sei onde O puseram." Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de
pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Ele: "Mulher, por que choras?
Quem procuras?" Pensando que era o jardineiro, ela disse-lhe:
"Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste e eu irei
buscá-l'O."Disse-lhe Jesus: "Maria!" Ela, aproximando-se
exclamou: "Rabbuni!" que quer dizer: Mestre! Jesus disse-lhe:
"Não Me detenhas, porque ainda não subi para Meu Pai; mas vai ter com os
Meus irmãos e diz-lhes que vou subir para Meu e vosso Pai, Meu Deus e vosso
Deus." Maria de Magdala foi dar a nova aos discípulos: "Vi o
Senhor!", contando o que Ele lhe dissera.
Meditação: Ao terceiro dia da Sua
Morte, Jesus ressuscita: a Sua alma volta a animar o corpo; cheio de glória, o Senhor
sai do túmulo. Assim confirma a fé incomparável de Sua bendita Mãe e fundamenta
a fé cristã de todos os Seus. Jesus só morreu para destruir os nossos males, e
ressuscita para nunca mais morrer e para nos dar a vida eterna.
Prece: Peçamos por todos os
missionários que entregam as suas vidas pelo anúncio da Boa Nova para que, com
a sua alegria, esperança e trabalho, sejam testemunho de Cristo Ressuscitado.
2. A Ascensão do Senhor ao Céu
(Atos dos Apóstolos 1, 6-11)
Texto bíblico: Estavam todos
reunidos, quando Lhe perguntaram: "Senhor, é agora que vais restaurar o
reino de Israel? " Respondeu-lhes: "Não vos compete saber os tempos
nem os momentos que o Pai fixou com a Sua autoridade. Mas ides receber uma
força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis Minhas testemunhas
em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e até aos confins do mundo."
Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem subtraiu-O a seus olhos. E como
estavam de olhos fixos no céu enquanto Ele se afastava, surgiram de repente
dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: "Homens da Galileia,
por que estais assim a olhar para o céu? Esse Jesus, que vos foi arrebatado
para o Céu, virá da mesma maneira, como agora O vistes partir para o Céu."
Meditação: Aos 40 dias da Ressurreição,
o Senhor reúne os Seus no monte das Oliveiras: aí lhes dirige as últimas
recomendações; e, abençoando-os, começa a elevar-Se nos ares, até que uma nuvem
O encobriu. Jesus subiu para a direita do Pai, onde reina sobre toda a criatura
e intercede por nós. Sua Mãe, cheia de saudade, ficou a desempenhar a missão de
Mãe da Igreja.
Prece: Oremos para que os jovens
busquem o sentido da vida e da verdadeira felicidade, que é Deus revelado em
Jesus Cristo.
3. A Descida do Espírito Santo
(Atos dos Apóstolos 2, 1-11)
Texto bíblico: Quando chegou o
dia do Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar. Subitamente
ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que
encheu toda a casa. Viram, então, aparecer umas línguas, à maneira de fogo, que
se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes
inspirava que se exprimissem. Ora, residiam em Jerusalém judeus piedosos provenientes
de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele som poderoso, a
multidão reuniu-se e ficou estupefacta, pois cada um os ouvia falar na sua
própria língua. Atónitos e maravilhados, diziam: "Mas esses que estão a
falar não são todos da Galileia? Que se passa, então, para que cada um de nós
os oiça a falar na nossa língua materna? Partos, medos, elamitas, habitantes da
Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da
Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma,
judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar, nas nossas
línguas, as maravilhas de Deus!"
Meditação: Aos 50 dias da Páscoa,
estando os Discípulos reunidos em oração com a Santíssima Virgem, no Cenáculo,
Jesus, lá do Céu, enviou-lhes o Dom do Espírito Santo, sob a forma de línguas
de fogo. Eles sentiram-se cheios de amor a Deus e ao próximo e cheios de
coragem para o sacrifício: pregaram, deram exemplo e testemunharam com heroísmo
a sua fé.
Prece: Peçamos a Nossa Senhora
por todos aqueles que se preparam para se consagrarem, para que se deixem
conduzir pelo Espírito Santo com total confiança.
4. A Assunção de Maria em Corpo e
Alma aos Céus.
Texto do Magistério da Igreja:
Pio XII, "Munificentissimus Deus" (1 de novembro do Ano Santo de
1950):
“Depois de termos dirigido a Deus
repetidas súplicas, e de termos invocado a luz do Espírito de verdade, para
glória de Deus omnipotente que à Virgem Maria concedeu a sua especial
benevolência para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do
pecado e da morte, para aumento da glória da Sua augusta Mãe, e para gozo e
júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos
Bem-aventurados apóstolos S.Pedro e S.Paulo e com a Nossa, pronunciamos, declaramos
e definimos ser dogma divinamente revelado que: A IMACULADA MÃE DE DEUS, A
SEMPRE VIRGEM MARIA, TERMINADO O CURSO DA VIDA TERRESTRE, FOI ASSUNTA EM CORPO
E ALMA À GLÓRIA CELESTIAL”.
Meditação: Cristo Jesus, para
glorificar Sua Mãe santíssima depois da morte A ressuscitou e A elevou ao Céu
em corpo e alma. A Virgem Maria, que sempre viveu para seu divino Filho, também
O seguiu na Morte, Ressurreição e Ascensão, até à Glória eterna. No Céu, junto
do Salvador, Ela intercede por nós para que sigamos o seu exemplo.
Prece: Peçamos a Maria pelos
sacerdotes e religiosos, para que vivam com fidelidade a castidade consagrada,
expressão de um coração apaixonado por Jesus Cristo e de um desejo de entrega
total aos irmãos.
5. A Coroação de Maria como Rainha
dos Céus e da Terra
Texto do Magistério da Igreja: “O
argumento principal, sobre o qual se fundamenta a dignidade régia de Maria, já
evidente nos textos da tradição antiga e na sagrada liturgia, é sem dúvida
alguma a sua divina maternidade. Com efeito, a propósito do Filho, que será
dado à luz pela Virgem, afirma-se nas sagradas Escrituras: "Será chamado
Filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu pai, e ele
reinará na casa de Jacob eternamente e o seu reino não terá fim." (Lc 1,
3233); e, além disso, Maria é proclamada "mãe do Senhor" (ib. 1,
413). Daí segue logicamente que ela própria é rainha, tendo dado a vida a um
Filho, que desde o instante da conceção, mesmo como homem, era Rei e Senhor de
todas as coisas, pela união hipostática da natureza humana com o Verbo (Pio
XII, "ad coeli Reginam", 11.X.1954).
Meditação: Cristo Rei, no Céu,
sentou a Mãe à Sua direita e, no meio dos Anjos e Santos, A proclamou Rainha do
Universo. A humilde serva do Senhor foi então "exaltada acima de todas as
criaturas". Bendita entre as mulheres, Maria é Mãe de Cristo Rei, nossa
Mãe e nossa Rainha. É "Rainha do SS. Rosário" porque Mãe e
Colaboradora do Salvador.
Prece: Peçamos a Maria para que
todos os cristãos, leigos, sacerdotes e consagrados, se unam na construção do
Reino de Deus, cada um segundo a especificidade da sua vocação.
QUINTA, 18 de maio
Mistérios luminosos
1. O batismo de Jesus no rio no
Jordão (Mt 3, 13-17)
Meditação: Jesus Cristo desceu à
água do Jordão e fez do rio uma fonte luminosa. O cordeiro inocente que se fez pecado por nós
(2 Cor 5, 21) abriu o Céu e ouviu-se a voz do Pai a chamar-lhe Filho dileto (Mt
3, 17), enquanto o Espírito o investia na missão que o esperava. O batismo
dá-nos a graça de renascermos, no Pai, no Filho e no Espírito Santo, como novas
criaturas. É a confirmação da nossa identidade cristã. Queremos vivê-la com
dignidade e honra, a caminho da santidade.
Prece: Lembramos-te, Senhor, e
confiamo-las à tua e nossa Mãe, as crianças a quem se negou o nascimento e o
renascimento batismal; as que nasceram e aguardam a fonte regeneradora e a
força revitalizadora do Espírito; os catecúmenos que se candidatam ao batismo;
e outros mais que, por tua graça, vão despertando para crescer na fé.
2. A revelação de Jesus nas bodas
de Caná (Jo 2, 1-12)
Meditação: A transformação da
água em vinho fez das bodas de Caná um sinal luminoso da alegria do Reino de
Deus (Jo 2, 1-12). Jesus dar-lhe-ia plenitude na Sua morte e na Sua
ressurreição.
Foi Maria, Mãe e Discípula de
Jesus, quem deu conta que, sem vinho, não havia alegria, recomendando que
fizessem o que Ele mandasse.
Na Igreja de Cristo, o matrimónio
é caminho de felicidade e de santidade, sempre que os casais vivem a verdade
amorosa e o amor verdadeiro da sua aliança, convertendo as suas famílias em
igrejas domésticas.
Prece: Não têm vinho os noivos
que não chegam a despertar para a vocação do seu matrimónio; as mães solteiras
carregando sozinhas os filhos ao colo; as famílias desestruturadas ou
desavindas; e tantos filhos órfãos de pais vivos. Dá-lhes do teu vinho, Senhor, a pedido e com
a bênção da tua Mãe!
3. O anúncio do Reino de Deus. Um
convite à conversão (Mc 1, 14-15; Lc 7, 47-48)
Meditação: A Palavra de Jesus
Cristo é um cântico matinal de luz que nos desperta para o Reino de Deus.
Ninguém o acolhe bem sem se converter (Mc 1, 15). A misericórdia de Deus,
revelada em Jesus Cristo, purifica-nos os pecados (Mc 2, 3-13; Lc 7, 47-48),
regenerando-nos na reconciliação, confiada à Sua Igreja como segunda fonte batismal (Jo 20, 22-23).
Livra-nos, Senhor, das obsessões
do pecado que nos roubam a esperança de viver à tua luz. Faz-nos acreditar que,
em Ti, tudo é graça. Gostaríamos de reaprender a força do perdão,
reconciliando-nos connosco próprios, uns com os outros e todos com Deus.
Prece: Ajuda, Senhor, os que
perderam o sentido do pecado a regressar a casa para encontrar os braços sempre
abertos de Deus Pai e a mesa posta para a festa do reencontro, sem o rancor dos
irmãos mais velhos.
4. A transfiguração de Jesus no
Monte Tabor (Lc 9, 28-35)
Meditação: Três dos apóstolos
contemplavam, extasiados, o rosto iluminado de Jesus, enquanto ouviam, no alto
do monte, a voz do Pai que os convidava a que O escutassem (Lc 9, 35) e
tivessem coragem para viver com Ele a dor da Paixão, a fim de chegarem, transfigurados pelo Espírito Santo, à glória
da Ressurreição.
Completar em nós o que falta à
Paixão de Cristo é aprender na escola da Cruz o amor dorido e a dor amorosa. A
glória dos ressuscitados ensaia-se, como a de Cristo, nas profundidades do
amor.
Prece: Senhor, confiamos-te a
integridade da Criação. Também o desejável e sustentável desenvolvimento
integral do homem todo e solidário de todos os homens. E, ainda, a justiça e a paz que
experimentamos no tempo como antecipação da bem-aventurança eterna. Que a tua
Mãe seja para nós a estrela luminosa da paz.
5.º mistério - A última ceia de
Jesus com os apóstolos e a instituição da Eucaristia (Lc 22. 14-20)
Meditação: Cristo amou até ao
extremo a humanidade, oferecendo a sua vida em sacrfício redentor (Jo 13, 1).
Continua a atualizar a salvação com aqueles que se alimentam do pão da sua
palavra e do seu corpo. Só esse pão dos céus, Senhor, nos mata a fome de
infinito, para nos transcendermos e entrarmos na órbita de Deus. É a tua Mãe
quem nos ensina a dizermos sim ao convite que nos fazes para sermos teus
discipulos. Lembramos-te, Senhor, as crianças que se preparam para receber pela
primeira vez o pão eucarístico; os pais que as iniciaram e as acompanham na fé;
os catequistas que as ajudam na vida cristã; e as comunidades onde aprendem o
gosto de celebrar a Eucaristia.
Prece: Pedimos-te perdão por
todos quantos, na sua anemia espiritual, têm fastio do pão da tua palavra e do
teu corpo, e não o partilham em fraternidade com as suas irmãs e os seus
irmãos.
SEXTA, 19 de maio
Mistérios dolorosos
Introdução: O mês de maio
continua a ter um grande acolhimento por parte dos fiéis de todo o mundo. O
amor a Maria congrega e une os corações em preces de dimensão pessoal ou
eclesial. O mês de maio terá de ser uma graça para propor a alegria do
seguimento de Cristo. Na verdade, Maria é o modelo de mulher aberta ao apelo de
Deus e disponível para responder com confiança e generosidade. A sua vida foi
um contínuo “sim”. Nesta noite vamo-nos virar
para Maria, em família de famílias, em atitude de reflexão e oração. A partir
Dela será mais fácil fazer com que maio se torne um verdadeiro mês vocacional e
familiar.
1. A Agonia de Jesus
Texto bíblico: Jesus, como de
costume, saiu e foi para o monte das Oliveiras e os discípulos seguiram-No.
Quando chegou ao local disse-lhes: Orai para que não entreis em tentação.
Depois afastou-Se deles e, posto de joelhos, começou a orar, dizendo: Pai se
quiseres afasta de Mim este cálice; não se faça, contudo, a Minha vontade mas a
Tua (Lc 22,32).
Meditação: A vocação também é
sacrifício. Sacrifício a partir da primeira e séria atitude de procura, que
exige já certas renúncias. Sacrifício, depois, no momento de tomar uma decisão
consciente das consequências que disso derivam. Sacrifício, ainda, na longa
caminhada da necessária preparação. Sacrifício, finalmente, para o resto da
vida, uma vez que a inteira existência não será outra coisa senão a atuação coerente
de uma vocação, doada por Deus, sim, mas livre e intimamente aceite e vivida. A
crise de vocações esconderá, porventura, o medo de um tal sacrifício? (Paulo
VI)
Prece: Rezemos para que os jovens sejam
educados no sentido da aceitação livre e alegre do sacrifício que a vocação
consagrada exige.
2. A Flagelação de Jesus
Texto bíblico: Então Pilatos
mandou que levassem Jesus e O flagelassem. Os soldados avançavam para Ele e
diziam: Salve) ó Rei dos Judeus! E davam-Lhe bofetadas. (Jo 19, 1-3)
Meditação: A Igreja vem a
encontrar-se numa dolorosa e, por vezes, urgente situação: a de ter diante de
si o mundo, aberto para a missão, um mundo que parece insensível e repulsivo, e
que a realidade espera e implora: vem socorrer-nos! E não pode; não pode por
falta de pessoas que aceitem dar-se a Cristo e à salvação do Mundo. (Paulo VI)
Prece: Rezemos para que no
coração dos que se preparam para consagrar a Cristo e à Igreja seja mais forte
o desejo de entrega que o temor das dificuldades que terão de enfrentar.
3. A Coroação de Espinhos
Texto bíblico: Então os soldados
conduziram Jesus para o pretório e despiram-nO, envolveram-nO com um manto
escarlate e puseram-Lhe uma coroa de espinhos que haviam tecido. (Mc 15, 16-17)
Meditação: Somos de Cristo e é Ele
quem vence em nós. Devemos crer n’Ele profundamente, devemos viver esta
certeza, de contrário as dificuldades que surgem, continuamente, terão,
infelizmente, a capacidade de fazer penetrar nos nossos ânimos aquele caruncho
insidioso que se chama desânimo, mau hábito e adaptação completa à prepotência
do mal. (João Paulo II)
Prece: Rezemos pelos que se
consagraram totalmente ao serviço de Deus para que vivam animados por um
profundo espírito de fé, de esperança e de caridade.
4. Jesus sobe ao Calvário
Texto bíblico: Carregando com a
Cruz; Jesus dirigiu-Se para o chamado lugar do Crânio, que em Hebraico se diz
Gólgota. Quando O iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene que
voltava do campo e carregaram-no com a cruz para a levar atrás de Jesus. (Lc
23, 26)
Meditação: Os fiéis tomem
consciência das obrigações que têm para com os seus sacerdotes. Por isso,
consagrem-lhes amor filial, tomem parte nas suas preocupações, auxiliem-nos o
mais que puderem com orações e obras para que possam vencer melhor as
dificuldades e mais frutuosamente cumprir os seus deveres. (PO 9)
Prece: Rezemos para que os
cristãos amem, respeitem e colaborem com os seus sacerdotes.
5. A Crucifixão e Morte de Jesus
Texto bíblico: Por volta da hora
sexta, as trevas cobriram toda a terra, até à hora nona. O véu do templo
rasgou-se ao meio e Jesus exclamou, dando um grande grito: Pai, nas Tuas mãos
entrego o Meu espírito. Dito isto, expirou. (Lc 23,44-46)
Meditação: As palavras, o Bom
Pastor dá a vida pelas suas ovelhas, não se referem, porventura, ao sacrifício
da cruz, ao ato definitivo do Sacerdócio de Cristo? Não estão elas a indicar a
todos os sacerdotes o caminho que também eles devem percorrer? Não dizem estas
palavras que a sua vocação é uma singular solicitude pela salvação do próximo e
que é ai que está o sentido, a perfeição e a santidade da vida sacerdotal?
(João Paulo II)
Prece: Rezemos pelas vocações
consagradas que sentem, como demasiado, o peso da sua cruz ou são vítimas do
fracasso e da incompreensão para que nunca desanimem dos seus propósitos de
serviço a Humanidade e de fidelidade a Cristo crucificado.
Preces finais
Oremos a Deus, por intercessão de
Maria, pelas famílias onde nascemos. Digamos. Santa Maria, rogai por nós.
1. Por todas as famílias da
terra, lugares de vida onde se nasce e cresce, para que não lhe falte casa,
trabalho e o pão de cada dia. Oremos.
2. Por todas as famílias, para
que lhes seja concedido o dom da harmonia e da paz, e sejam no mundo um
fermento novo. Oremos.
3. Pelos esposos, para que a
exemplo de Joaquim e Ana, pais de Maria, encontrem em Deus uma luz que brilha
nas trevas. Oremos.
4. Pelos filhos, para que como
Maria, a predileta de Deus, sejam na família uma presença abençoada. Oremos
P- Senhor da Messe e Pastor do
rebanho, faz ressoar nos nossos ouvidos o Teu forte e suave convite: "Vem
e Segue-me"! Derrama sobre nós o teu Espírito. Que Ele nos dê sabedoria
para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz, à semelhança de Maria,
Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM.
Isto Vos pedimos por Jesus Cristo Senhor.
Sábado, 20 de maio
Mistérios gozosos: Maria, modelo
de contemplação
Introdução:
Disse o Beato João Paulo II:
“A contemplação de Cristo tem em
Maria o seu modelo insuperável. O rosto do Filho pertence-lhe sob um título
especial. Foi no seu ventre que Se plasmou, recebendo d'Ela também uma
semelhança humana que evoca uma intimidade espiritual certamente ainda maior. À
contemplação do rosto de Cristo, ninguém se dedicou com a mesma assiduidade de
Maria” (R.V.M. 10).“Maria propõe continuamente aos crentes os “mistérios” do
seu Filho, desejando que sejam contemplados, para que possam irradiar toda a
sua força salvífica. Quando recita o Rosário, a comunidade cristã sintoniza-se
com a lembrança e com o olhar de Maria” (R.V.M. 11).
“O primeiro ciclo, o dos
“mistérios gozosos”, que meditamos, precisamente às segundas-feiras (e
sábados), caracteriza-se, de facto, pela alegria que irradia do acontecimento
da Encarnação. Isto é evidente desde a Anunciação, quando a saudação de Gabriel
à Virgem de Nazaré se liga ao convite da alegria messiânica: «Alegra-te,
Maria»” (R.V.M. 20).
1. A Anunciação
Texto bíblico: Do evangelho segundo
São Lucas: Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?» O
Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te
cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de
Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o
sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua
palavra».
Meditação: Dizia-nos o Beato João
Paulo II: “Os olhos do coração de Maria concentram-se de algum modo sobre Ele
já na Anunciação, quando O concebe por obra do Espírito Santo”.
Prece: Peçamos-lhe a graça de um
olhar atento e agradecido, perante o mistério da vida.
2. A Visitação
Diz-nos o Santo Padre: “Sob o
signo da exultação, aparece depois a cena do encontro com Isabel, onde a mesma
voz de Maria e a presença de Cristo no seu ventre fazem «saltar de alegria João
(cf. Lc 1, 44)” (R.V.M. 20).
Texto bíblico: Do evangelho
segundo São Lucas: Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se
apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa
de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino
exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta
voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que
chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no
meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe
foi dito da parte do Senhor".
Meditação: Dizia-nos o Beato João
Paulo II: «Nos meses seguintes à Anunciação, Maria começa a sentir sua presença
e a pressagiar os seus contornos» (R.V.M. 10). Ela vai «entrevendo» e
«desenhando» o rosto de seu Filho.
Prece: Peçamos a Maria, a graça
de ver o rosto de seu Filho no rosto de quantos encontramos nos nossos
caminhos.
3. O Nascimento de Jesus no
presépio de Belém
Dizia-nos o Beato João Paulo II:
“Inundada de alegria é a cena de Belém, onde o nascimento do Deus-Menino, o
Salvador do mundo, é cantado pelos anjos e anunciado aos pastores precisamente
como « uma grande alegria » (Lc 2, 10)” (R.V.M. 20).
Texto bíblico: Do Evangelho
segundo São Lucas: «Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o
parto, Maria deu à luz o seu filho primogénito. Ela enfaixou-O e colocou-O numa
manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. Naquela região havia
pastores, que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do
Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor envolveu-os em luz e eles
ficaram com muito medo. Mas o anjo disse aos pastores: «Não tenhais medo! Eu
anuncio-vos a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje,
na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, o Senhor”.
Meditação: Dizia-nos o Beato João
Paulo II: «Quando finalmente O dá à luz em Belém, também os seus olhos de carne
podem fixar-se com ternura no rosto do Filho, que envolveu em panos e recostou
numa manjedoura (cf. Lc 2, 7). Desde então o seu olhar, cheio sempre de
reverente espanto, não se separará mais d'Ele» (R.V.M. 10).
Prece: Peçamos a Maria, a graça
de um olhar fixo sobre o seu Filho, não desviando o nosso olhar do seu
mistério.
4. A Apresentação do Menino Jesus
no Templo
Dizia-nos o Beato João Paulo II:
“A apresentação no templo, de facto, enquanto exprime a alegria da consagração
e extasia o velho Simeão, regista também a profecia do «sinal de contradição »
que o Menino será para Israel e da espada que trespassará a alma da Mãe (cf. Lc
2, 34-35)” (R.V.M. 20).
Texto bíblico: Do Evangelho
segundo São Lucas: «Quando os pais levaram o Menino Jesus, para cumprirem as
prescrições da Lei a seu respeito, Simeão tomou o Menino, nos braços e louvou a
Deus. O pai e a mãe estavam maravilhados com o que se dizia do Menino. Simeão
abençoou-os e disse a Maria, Mãe do Menino: «Eis que este Menino vai ser causa
de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição.
Quanto a Ti, uma espada há de atravessar-Te a alma. Assim serão revelados os
pensamentos de muitos corações».
Meditação: Dizia-nos o Beato João
Paulo II: «Maria vive com os olhos fixos em Cristo e guarda cada palavra sua:
«Conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19; cf. 2,
51). As recordações de Jesus, estampadas na sua alma, acompanharam-na em cada
circunstância, levando-a a percorrer novamente com o pensamento os vários
momentos da sua vida junto com o Filho. Foram estas recordações que
constituíram, de certo modo, o “rosário” que Ela mesma recitou constantemente
nos dias da sua vida terrena» (R.V.M. 10).
Prece: Peçamos a Maria, a graça
da compreensão da fé, que nos permita ler os sinais de Deus nos atribulados
acontecimentos da nossa vida quotidiana.
5. Jesus, entre os doutores da
Lei:
Dizia-nos o Beato João Paulo II:
«Gozoso e ao mesmo tempo dramático é também o episódio de Jesus, aos doze anos,
no templo. Vemo-Lo aqui na sua divina sabedoria, enquanto escuta e interroga, e
substancialmente no papel d'Aquele que “ensina”» (R.V.M. 20). Do
Texto bíblico: Do Evangelho
segundo São Lucas: Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe
disse-lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos
aflitos à tua procura». Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não
sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?» Mas eles não entenderam as
palavras que Jesus lhes disse.
Meditação: Dizia-nos o Beato João
Paulo II: “Algumas vezes será um olhar interrogativo, como no episódio da perda
no templo: «Filho, porque nos fizeste isto?» (Lc 2, 48)” (R.V.M. 10).
Prece: Peçamos a Maria a graça de
uma fé que se interroga e cala ao mesmo tempo, que se espanta sem se confundir.
Nas três Ave-Marias conclusivas:
Dizia-nos o Beato João Paulo II,
sobre o olhar de Maria, ainda nos outros momentos da vida de Jesus:
“Em todo o caso, o olhar de Maria
será um olhar penetrante, capaz de ler no íntimo de Jesus, a ponto de perceber
os seus sentimentos escondidos e adivinhar suas decisões, como em Caná (cf. Jo
2, 5)» (R.V.M. 10);
Ave Maria
Dizia-nos o Beato João Paulo II:
«Outras vezes, será um olhar doloroso, sobretudo aos pés da cruz, onde haverá
ainda, de certa forma, o olhar da parturiente, pois Maria não se limitará a
compartilhar a paixão e a morte do Unigénito, mas acolherá o novo filho a Ela
entregue na pessoa do discípulo predileto (cf. Jo 19, 26-27)» (R.V.M. 10);
Ave Maria
E conclui o Beato João Paulo II:
«Na manhã da Páscoa, será um olhar radioso pela alegria da ressurreição e,
enfim, um olhar ardoroso pela efusão do Espírito no dia de Pentecostes (cf. Act
1,14)” (R.V.M. 10)».
Ave Maria
Antes da Salve Regina: Dizia-nos
o Beato João Paulo II: “Maria vive com os olhos fixos em Cristo e guarda cada
palavra sua: «Conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração » (Lc
2, 19; cf. 2, 51). As recordações de Jesus, estampadas na sua alma,
acompanharam-na em cada circunstância, levando-a a percorrer novamente com o
pensamento os vários momentos da sua vida junto com o Filho. Foram estas
recordações que constituíram, de certo modo, o “rosário” que Ela mesma recitou
constantemente nos dias da sua vida terrena” (R.V.M. 11).
Consagração a Nossa Senhora
“Santa Mãe do Redentor,
Porta do céu, Estrela do mar,
socorrei o Vosso povo que anela
por erguer-se!”.
Uma vez mais nos dirigimos a Vós,
Mãe de Cristo e Mãe da Igreja,
ajoelhados a Vossos pés
Mostrai que sois Mãe!
Mãe da Igreja, missionária pelos
caminhos da terra
Mãe dos homens pela constante
proteção
Mãe das Nações, pelas mudanças
inesperadas
que restituíram a confiança a
povos
longamente oprimidos e humilhados;
Mãe da vida, pelos múltiplos
sinais
com que nos acompanhastes
defendendo-nos do mal e do poder
da morte;
Minha terna Mãe de sempre,
Mãe de todo o homem, que luta
pela vida que não morre.
Mãe da humanidade resgatada pelo
Sangue de Cristo.
Mãe do amor perfeito, da
esperança e da paz,
Santa Mãe do Redentor.
Mostrai que sois Mãe!
Sim, continuai a mostrar-Vos Mãe
para todos,
porque o mundo tem necessidade de
Vós.
Mãe da esperança, caminhai
connosco!
Caminhai com o homem de toda e
qualquer raça e cultura,
de qualquer idade e condição.
Caminhai com os povos para a
solidariedade e o amor,
Caminhai com os jovens,
protagonistas de futuros dias de paz.
Têm necessidade de Vós as Nações
que recentemente
readquiriram o seu espaço vital
de liberdade
e estão agora empenhadas na
construção do seu futuro.
Tem necessidade de Vós a Europa
que do Leste ao Oeste
não pode reencontrar a sua
verdadeira identidade
sem redescobrir as suas raízes
cristãs comuns.
Tem necessidade de Vós o mundo
para resolver
os numerosos e violentos
conflitos que ainda o ameaçam.
Mostrai que sois Mãe!
Mostrai que sois Mãe dos pobres,
de quem morre de fome e sem
assistência na doença,
de quem sofre injustiças e
afrontas,
de quem não encontra trabalho,
casa nem abrigo,
de quem é oprimido e explorado
de quem desespera
ou em vão procura o repouso longe
de Deus.
Ajudai-nos a defender a vida,
reflexo do amor divino,
ajudai-nos a defendê-la sempre,
desde o alvorecer ao seu ocaso
natural.
Mostrai-Vos a Mãe da unidade e da
paz.
Cessem por todo o lado a
violência e a injustiça,
cresçam nas famílias a concórdia
e a unidade,
e entre os povos o respeito e o
diálogo;
reine sobre a terra a paz, a paz
verdadeira!
Ó Virgem Maria, dai ao mundo
Cristo, nossa paz!
Que os povos não reabram novos
fossos de ódio e vingança;
que o mundo não ceda à ilusão de
um falso bem-estar
que avilta a dignidade da pessoa
e compromete para sempre os
recursos da criação.
Mostrai-Vos a Mãe da esperança!
Velai sobre a estrada que ainda
nos espera.
Velai sobre os homens e sobre as
novas situações dos povos
ainda ameaçados por riscos de
guerra.
Velai sobre os responsáveis das
Nações
e sobre todos os que regem os
destinos da humanidade.
Velai sobre a Igreja
sempre tentada pelo espírito do
mundo.
A Vós, com confiança, todos nos
consagramos.
Convosco queremos seguir Cristo,
Redentor do homem:
que o cansaço não nos abata, nem
a fadiga nos desalente,
as dificuldades não extingam a
coragem
nem a tristeza, a alegria no
coração.
Vós, ó Maria, Mãe do Redentor,
continuai a mostrar que sois Mãe
para todos,
velai sobre o nosso caminho,
fazei com que vejamos, cheios de
alegria,
o Vosso Filho no Céu.
Amém!
Adapt. de Beato João Paulo II,
Consagração em Fátima, 13.05.1991
Domingo, 21 de maio
A Mensagem de Fátima
Introdução
P. - Estamos reunidos para rezar,
para celebrar o amor de Deus, para fazer esta Celebração Mariana, para, com os
Pastorinhos, unidos a eles, neste dia 13 de maio, escutar mais a Deus e a sua
mensagem. Peçamos ao Senhor uma atitude humilde de escuta, de confiança, de
abandono. Peçamos a graça de nos dispormos à conversão, à mudança, ouvindo,
mais uma vez, os apelos de Nossa Senhora. Queremos estar abertos ao sopro do
Espírito Santo que deseja realizar em nós maravilhas.
L. - Quando Nossa Senhora
apareceu aos três Pastorinhos, na Cova da Iria, entregou-lhes uma mensagem que
é para todos nós. Fátima tornou-se o «altar do mundo», mas é também o grande
púlpito, donde Deus nos fala, através da Senhora da Mensagem. Os recados que
nos vieram do Céu são caminho de conversão e de vida evangélica, são apelos e
convites a tomarmos mais a sério a Palavra de Jesus. Fátima é caminho para o
Evangelho, como Maria é caminho para Jesus. Ouvindo os apelos feitos em Fátima,
levando à prática as palavras da Virgem Maria, estamos mais perto de Jesus,
estamos no caminho da santidade. Foi exatamente isso que sucedeu aos
Pastorinhos, que aconteceu na pequena mas densa vida da Jacinta e do Francisco.
Estão no Céu, são glorificados porque, ouvindo Maria e dando seguimento aos
seus apelos de Mãe, seguiram Cristo e levaram uma vida santa.
• Primeiro
Mistério: Primeira Mensagem (13 de maio)
P - Uma por uma, as seis
mensagens, de seis meses seguidos, de maio a outubro, são um contínuo convite à
santidade. Na primeira aparição, a 13 de maio, além de dizer donde vinha, do
Céu, de pedir aos Pastorinhos que viessem ali seis meses seguidos, Nossa
Senhora convida-os a oferecerem-se para ajudar a reparar e a salvar o mundo,
com as seguinte palavras: «Quereis oferecer-vos a Deus para aceitar todos os
sofrimentos que Ele quiser mandar-vos, em ato de reparação pelos pecados com
que é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?». E a resposta foi de
total generosidade:
L. - Sim, queremos!
P. - Depois desta pronta e
generosa resposta, Nossa Senhora confirma-os e anima-os dizendo-lhes: «Ides,
pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto». Para os
animar ainda mais, Nossa Senhora abriu as mãos num gesto de bondade maternal
que oferece o seu Coração, donde saía um reflexo misterioso que penetrou o mais
íntimo da alma dos Pastorinhos, consolando-os de tal modo que nunca esqueceram
este momento. Finalmente, a Senhora despediu-se dizendo:
L. - «Rezai o rosário todos os dias
para alcançar a paz para o mundo e o fim da guerra». Este convite, como
sabemos, será repetido todos os meses: «Rezem o rosário todos os dias».
P. - Examinemos, com generosidade
e seriedade, como temos ouvido o pedido da Senhora, se temos ou não rezado o
rosário todos os dias e com que amor e verdade o temos feito.
RECITAÇÃO DAS 10 AVE-MARIAS DO 1º
MISTÉRIO
• 2º
Mistério: Segunda Mensagem (13 de junho)
P. - Além de voltar a repetir que
queria que voltassem ali no dia 13 de cada mês, e de lhes dizer que queria que
aprendessem a ler, Nossa Senhora promete levar em breve para o Céu a Jacinta e
o Francisco, mas revela a grande missão reservada à Lúcia, com estas palavras:
L. - «Tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer
servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a
devoção ao meu Imaculado Coração. Prometo a salvação a quem a aceitar; e estas
almas serão queridas por Deus como flores colocadas por mim para adornar o seu
trono».
P. - E para confortar a pequena
Lúcia que ficaria cá para cumprir esta missão, Nossa Senhora afirma-lhe: «Eu
nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que
te conduzirá até Deus».
L. - Cada um de nós deve acolher
este convite de ser apóstolo do Imaculado Coração, de O dar a conhecer, de O
fazer amar. Como tem cada um realizado esta tão nobre missão, este apostolado
no seio da sua família, na paróquia, no movimento eclesial a que pertence?
RECITAÇÃO DAS 10 AVE-MARIAS DO 2º
MISTÉRIO
• 3º
Mistério: Terceira Mensagem (13 de julho)
P. -Além de continuar a dizer aos
Pastorinhos que rezem o rosário, Nossa Senhora, nesta mensagem, acrescenta o
seguinte: «Continuai a rezar o rosário em honra de Nossa Senhora do Rosário
para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer».
Depois, iniciando-os na prática da penitência, no valor e na finalidade dos
sacrifícios, ensina-lhes o seguinte:
L.- «Sacrificai-vos pelos
pecadores dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício:
«Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecados cometidos contra o
Imaculado Coração de Maria». Depois destas palavras, através de uma visão,
Nossa Senhora mostrou-lhes o Inferno.
P- Mas ainda assim, a sua
mensagem termina com uma palavra de esperança: «Por fim, o Meu Imaculado
Coração triunfará». É, confiantes nesta certeza, é com alegria de termos no
Coração da Mãe o nosso refúgio, o nosso amparo, a nossa proteção, que vamos rezar.
RECITAÇÃO DAS 10 AVE-MARIAS DO
3º MISTÉRIO
• 4º
Mistério: Quarta Aparição (19 de agosto)
P. - Como os Pastorinhos estavam
presos em Vila Nova de Ourém no dia 13 de agosto, Nossa Senhora apareceu-lhes
no dia 19, nos Valinhos. Nesta aparição, além da sempre renovada recomendação
de que rezemos o rosário todos os dias, a Senhora da Mensagem disse aos
Pastorinhos as seguintes palavras:
L. - «Rezai, rezai muito e fazei
sacrifícios pelos pecadores, pois vão muitas almas para o Inferno por não haver
quem se sacrifique por elas».
P. - Estas palavras de Nossa
Senhora são um convite à solidariedade, ao sentido de comunhão, de Corpo
Místico, são um apelo à responsabilidade pela salvação dos outros. Como
cristãos, somos «redentores com Cristo Redentor», temos de assumir a nossa
vocação de construtores dum mundo novo, de evangelizadores, de colaboradores da
salvação dos outros. Examinemos a maneira como assumimos a nossa condição e a
nossa ação de colaboradores na salvação do mundo. Como e quanto rezamos, e fazemos
penitência, para ajudar a salvar os outros?
RECITAÇÃO DAS 10 AVÉ-MARIAS - 4º
MISTÉRIO
• 5º
Mistério: Quinta aparição (13 de setembro)
P. - Nesta quinta aparição, a que
tem um conteúdo mais curto, Nossa Senhora continua a dizer que quer que rezem o
rosário todos os dias, fazendo depender daí o dom do fim da guerra. Depois
promete fazer um milagre em outubro, na última aparição, e diz que nesse dia
virá S. José com o Menino Jesus para dar a paz ao mundo e Nosso Senhor para
abençoar o povo.
L. - Para terminar, diz-lhes
estas palavras: «Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que
durmais com a corda; usai-a só durante o dia». Com estas palavras ficamos a
saber, não só que os Pastorinhos usam a corda à cinta, como Deus aprova esse sacrifício,
só não quer que a usem de noite.
P. - Estas palavras são um
convite a pensarmos mais a sério na penitência, no modo de a fazer, na maneira
como Deus nos convida a realizá-la, no valor da penitência para nosso bem e
para colaborar na conversão dos outros. Nenhum cristão se devia sentir
dispensado de fazer penitência, na medida em que com ela imitamos Jesus
Penitente e ouvimos os seus pedidos evangélicos a fazermos mais penitência,
como ato de amor aos outros e como identificação com Jesus. Pensemos neste
assunto, examinemos como fazemos penitência, como assumimos este pedido
evangélico, como nos temos exercitado na penitência.
RECITAÇÃO DAS 10 AVE-MARIAS DO
5º MISTÉRIO
• ANTES
DAS TRÊS AVE-MARIAS: sexta aparição
P. – A Sexta aparição é a 13 de
outubro. É nesta última aparição que Nossa Senhora afirma que é a Senhora do
Rosário, e é nela que se realiza o milagre do sol. Como tinha prometido, foi
neste dia, depois do milagre do sol, que apareceu S. José com o Menino. A
vidente Lúcia afirma que viu também Nossa Senhora que parecia aparecer corno
Senhora das Dores, e finalmente a sensação de Nossa Senhora se ter apresentado
também como a Senhora do Carmo.
L. – Além do milagre e das
diversas aparições, parecem muito importantes as palavras ditas po Nossa
Senhora, que com ar muito triste afirma: «Não ofendam mais a Nosso Senhor que
já está muito ofendido!». É deste modo que nos chega o pedido da Mãe para não ofendermos
Jesus, seu Filho. A Virgem Maria quer a conversão das nossas vidas e dos nossos
corações ao amor de Jesus. Rezemos três Ave-marias em honra do Coração
Imaculado de Maria
RECITAÇÃO DAS TRÊS AVE-MARIAS
SALVE RAINHA
CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA: Oh
Senhora minha...
1. Senhora da Hora, nossa Mãe, tal como o Apóstolo João, queremos
receber-Te na nossa casa (cf. Jo 19, 27), para aprendermos de Ti a
conformar-nos com o teu Filho. "Mulher, eis aqui os teus filhos!"
2. Viemos à tua presença para consagrar à tua solicitude
materna nós mesmos, a Igreja, o mundo inteiro. Intercede por nós junto do teu
amado Filho para que nos dê o Espírito Santo em abundância, o Espírito de
verdade que é fonte de vida.
3. Acolhe-O por nós e connosco, como na primeira comunidade
de Jerusalém, aconchegada ao teu redor no dia de Pentecostes (cf. Act 1, 14).
4. O Espírito abra os corações à justiça e ao amor, incite
os indivíduos e as nações à mútua compreensão e a uma vontade firme de paz.
5. Nós Te consagramos todos os homens, a começar pelos mais
débeis: as crianças que ainda não foram dadas à luz e as nascidas em condições
de pobreza e de sofrimento, os jovens à procura de um sentido, as pessoas
carecidas de emprego e atribuladas pela fome e pela doença. Consagramos-Te as famílias
em crise, os anciãos sem assistência e quantos vivem sozinhos e sem esperança.
6. Ó Mãe que conheces os sofrimentos e as esperanças da
Igreja e do mundo, assiste os teus filhos nas provas quotidianas que a vida
reserva a cada um e faz com que, graças ao esforço de todos, as trevas não
prevaleçam sobre a luz.
7. A Ti, aurora da salvação, entregamos o nosso caminho e a
nossa vida, para que, sob a tua guia, todos os homens descubram Cristo, luz do
mundo e único Salvador, que reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos
dos séculos. Ámen.