Hoje, dia 4 de fevereiro realizou-se
em Santarém um encontro, promovido pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar (SDPF), com os agentes pastorais da
preparação para o matrimónio, com o intuito de nos conhecermos, conhecermos as
diferentes formas de trabalhar e acolher os noivos que procuram a Igreja para
receberem o sacramento do matrimónio.
Um dos objetivos deste encontro
era começar a formar uma rede que permita facilmente chegarmos uns aos outros e
fazer o que iniciamos com este encontro: partilhar o que fazemos e como fazemos,
com os sucessos e as dificuldades e a quem chegamos.
O encontro começou com um diálogo
em que cada grupo, vindo da sua zona pastoral, falou sobre o caminho que têm
feito com os casais que pedem à Igreja o Matrimónio. Este passo, a jeito de premissa,
foi importante pois na nossa diocese há formas bastante diferentes de trabalhar
(CPM, EPM e outras metodologias que nasceram das necessidades locais). Apesar
das diferenças, foram transversais algumas ideias e experiências. Foi transversal
a sensibilidade de que os casais de noivos vêm à preparação porque se sentem “obrigados”
a fazê-la pelas mais variadas razões, mas que acabam por aproveitar a
experiência e dela tirar algo de muito positivo. É geral a dificuldade da
linguagem. As linguagens que são usadas, principalmente nas metodologias mais
estruturadas, não são as mais adequadas para as pessoas de hoje e para a sua
realidade. É preciso saber ler os sinais do nosso tempo e trabalhar no sentido
de ir ao encontro dos homens e das mulheres concretos que nos procuram como
Igreja.
Tem sido sentido por todos a relutância
que, na generalidade os casais novos têm no compromisso e na integração nas
comunidades, mas também, e talvez até mais, a dificuldade dos grupos e
comunidades em saber chamar e acolher adequadamente estas pessoas que estão num
momento fulcral da sua vida e com uma riqueza enorme a partilhar com a Igreja,
nomeadamente com as comunidades locais.
Posto isto, o Pe. Francisco Ruivo
deu sentido, à luz da Exortação Apostólica Amoris Laetitia, à duvidas,
questões, dificuldades e desabafos que foram surgindo na partilha, ficando aqui
clara a necessidade de uma, cada vez mais assertiva, proatividade das
comunidades cristãs na forma como promovemos o encontro e o caminho com Jesus,
na forma como acolhemos e damos testemunho congruente da nossa relação pessoal
e comunitária com a pessoa de Jesus.
Fica claro, deste encontro, a
necessidade e a importância de partilharmos as nossas vivências, temos muito a aprender
uns com os outros, e só em conjunto poderemos responder de forma concreta e
vivencial aos desafios que o nosso Papa nos lança. Respostas essas de que a
Igreja, e quem a procura, tem sede.
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